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22 de out. de 2010

BULLYING – Fenômeno Comportamental

Por entender que a discussão sobre o assunto é de extrema importância no contexto atual da humanidade e para as gerações futuras, e no intuito de colaborar com o conhecimento desse fenômeno comportamental que viola e machuca fisicamente e psicologicamente o ser humano, na maioria das vezes crianças e adolescentes; relato algumas pesquisas sobre o assunto, com as respectivas fontes, e faço algumas reflexões pessoais.

Para entender a origem da palavra “Bullying”, é um termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully - «tiranete» ou «valentão») ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender. Também existem as vítimas/agressoras ou autores/alvos, que em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de bullying pela turma.

As professoras Kátia Alessandra F. Rojas e Leonice Glossler exemplificam o bullying: apelidos como "rolha de poço", "baleia", "quatro olhos", “vara pau” entre outros, e atitudes como chutes, empurrões e puxões de cabelo. Alunos "esforçados" que geralmente sofrem represálias por parte de seus colegas em geral, não por características físicas mas também intelectuais, são comportamentos típicos de alunos em sala de aula. Brincadeiras próprias da idade? Não. São atos agressivos, intencionais e repetitivos, que ocorrem sem motivação evidente caracteriza o chamado fenômeno bullying.

Elas esclarecem, ainda, que “estudos mundiais revelam que, de 5% a 35% dos alunos estão envolvidos nesse tipo de comportamento. No Brasil, alguns estudos demonstraram que esses índices chegam a 49%”. (Fonte:
http://www.artigonal.com.br).

Este fenômeno comportamental macula a parte mais preciosa, íntima e inviolável do ser humano, o âmago da sua alma. Quando identificado o autor e a vítima, ambos precisam ser orientados. Seus responsáveis devem ser alertados e estar cientes que o agressor ou agredido precisa de cuidados especiais. É muito importante este cuidado, não se deve cobrar uma reação, intimidar ou agredir. Neste momento da descoberta da ocorrência do fenômeno bullyng é manter a calma, o diálogo e o controle. Tudo isso é imprescindível para evitar o comportamento violento.

Precisamos conhecer o assunto, entender e colaborar para que haja consciência dos males, das sequelas que esse comportamento traz no seio das famílias, pois, hoje, o bullying já chega às redes sociais da internet, com uma abrangência assustadora que merece a nossa urgente atenção.

Dra. Marlene Figueira da Silva, advogada, Professora Universitária, Funcionária Pública, Pós Graduada em Direito Administrativo Aplicado à Administração Pública.seu e-mail: marlene.figueira@terra.com.br

1 de out. de 2010

Matéria Jornal Hoje - Globo 01/10/2010

Jovem se mata depois de ter vídeo de encontro publicado na internet

Uma história de invasão de privacidade chocou os Estados Unidos. Um jovem se matou três dias depois de que imagens dele trocando carícias com um homem foram parar na internet. A divulgação do vídeo pode ter levado o universitário a se matar.


Tyler Clementi, de 18 anos, morava em um dormitório de universidade, no estado de Nova Jersey. Ele dividia o quarto com o colega Dharum Ravi, para quem pediu um pouco de privacidade. Ravi saiu, mas deixou uma webcam ligada, gravando tudo o que acontecia no quarto. As imagens gravadas mostravam Tyler beijando outro homem.

O ministério público acusa Ravi e outra estudante de jogarem as imagens na internet sem permissão. Em uma rede social, Ravi escreveu que tinha ligado a câmera para gravar o encontro.

Tyler era tímido e nunca falou com a família sobre sua orientação sexual. Ele avisou pela internet que iria se jogar de uma ponte e se matou.

Os dois estudantes envolvidos no cyberbullying podem ser punidos com cinco anos de cadeia. Promotores acreditam que a divulgação do vídeo esteja relacionada ao suicídio.


Fonte: Jornal Hoje, Rede Globo, Edição do dia 01/10/2010