25 de mai. de 2010
Estudos associam o bullying a comportamento agressivo
Estudos associam o bullying a comportamento agressivo
Atos de violência física ou psicológica para humilhar ou constranger pessoas têm chamado a atenção de pesquisadores em todo o mundo
Terra
A condenação de um aluno da 7ª série de um colégio particular de Belo Horizonte, em Minas Gerais, em um caso de bullying, mostra que a Justiça brasileira está cada vez mais propensa a encarar como agressão brincadeiras de mau gosto. A família do estudante foi condenada a pagar R$ 8 mil a uma colega que recebia apelidos maldosos. Pois não é só na Justiça que os praticantes de bullying (atos de violência física ou psicológica, que humilham, constrangem ou descriminam uma pessoa) são considerados agressores. Duas pesquisas recentes associam a prática à agressividade.
Um deles, realizado pela Universidade George Mason, em Washington D.C., nos Estados Unidos, associa o comportamento dos praticantes de bullying ao dos adultos diagnosticados com fobia social. Batizado de 'The Darker Side of Social Anxiety: When Aggressive Impulsivity Prevails Over Shy Inhibition' (O Lado Escuro da Ansiedade Social: Quando Impulsividade Agressiva Prevalece sobre a Timidez). A tese dos psicólogos Todd Kashdan e Patrick E. McKnight, publicada na edição de maio da revista Current Directions in Psychological Science, é a de que a fobia social encobre na verdade um comportamento potencialmente violento que tem origem no medo. "Para pessoas com fobia social parece fazer sentido a estratégia de atacar e rejeitar os outros antes que eles tenham a chance de fazer o mesmo contra eles", disse Todd Kashdan ao jornal The New Times.
A pesquisa, que estudou o comportamento de 1.822 pessoas, aponta que um em cada cinco adultos que apresentam o problema demonstra comportamento agressivo.
Medo
O medo de ser rejeitado pelo grupo também aparece como fator motivador para o bullying numa pesquisa escocesa feita com 481 estudantes entre nove e 12 anos pela Universidade de Groningen.
Os alunos foram submetidos a um questionário por um time de sociólogos e responderam às perguntas sobre seus sentimentos em relação aos colegas de classe. Outras perguntas se referiam especificamente a episódios de agressão e pediam para identificar se já tinham sido vítimas ou praticante de bullying.
Segundo os pesquisadores, praticantes de bullying tendem a dividir os colegas entre fontes de afeição e alvos de dominação. Entre esses últimos, predominam os que já foram atacados por seus colegas. Os agressores buscam aprovação apenas de colegas do mesmo sexo e geralmente atacam quem já é atacado. O estudo também aponta que eles não se importam com a opinião das meninas. O mesmo acontece com as garotas agressoras, que não estão preocupadas com o que pensam os meninos em geral.
"Praticantes de bullying são muito estratégicos em suas ações. Buscam atenção e afeto do seu próprio grupo", disse um dos autores, René Veenstra, ao jornal The New York Times. Em grupos de ambos os sexos, crianças obesas estão entre os principais alvos das agressões, não importando raça, status social ou desempenho acadêmico.
Ailton Viel
Núcleo de Comunicação da Escola do Legislativo de SC
@viel
Florianopolis - SC
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nao gosto da palavra bullying e terrivel
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